Via meu reflexo no espelho, mas não estava satisfeita com ele e me perguntava: “É uma realidade ou algo de minha cabeça?”. Na época eu não conseguia me enxergar, aquela mulher com imagem distorcida não era eu, mas um reflexo do que eu tinha dentro de mim. Insatisfação.
Com o transtorno alimentar, outros vieram. Ansiedade e depressão começaram a me atormentar. Me ver muito gorda no espelho fazia com que eu me odiasse de dentro para fora. As sombras se juntavam com distorções do meu corpo e eu tive que aprender a lidar com tudo isso durante o ensino médio.
Hoje, ainda enfrento uma luta diária, todos os dias quando me olho no espelho, eu sei que eu não posso me odiar, tenho que gostar do que eu vejo, claro que há dias ruins, mas independente disso, eu me esforço ao máximo para tratar melhor os outros e a mim mesma. Isso me tornou uma pessoa muito mais forte e tudo o que sou hoje.
Alice Simi
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